quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mais de 300 presos morreram nas cadeias venezuelanas no primeiro semestre

Mais de 300 presos morreram nas cadeias venezuelanas no primeiro semestre Lusa 14 Ago, 2012, 07:10 Pelo menos 304 presos morreram nas cadeias venezuelanas no primeiro semestre do ano e outros 527 foram feridos em motins e confrontos internos, segundo dados divulgados na segunda-feira pelo Observatório Venezuelano de Prisões (OVP). Segundo o diretor desta organização não governamental, Humberto Prado, os casos de assassinatos nas prisões da Venezuela aumentaram 15 por cento face a igual período do ano passado, o que revela "que as políticas do Estado e o trabalho que realizou não estão focados em salvaguardar a vida das pessoas privadas de liberdade". Os dados do OVP foram divulgados no mesmo dia em que familiares de cidadãos detidos denunciaram, em conferência de imprensa, que pelo menos 650 presos teriam sido maltratados pelas autoridades prisionais, alguns dos quais golpeados com "tábuas e tubos" e atacados com tiros de borracha que lhes causaram diversas lesões. Humberto Prado apelou às autoridades para terem em conta as queixas dos familiares dos presos, sublinhando existirem denúncias que vão ser apresentadas ao Tribunal Interamericano dos Direitos Humanos, que decretou no ano passado a aplicação de medidas de proteção para os presos de duas cadeias venezuelanas. Na Venezuela existem 33 prisões com capacidade para 12.000 pessoas, mas nelas encontram-se 47.000 detidos. A maioria das situações de violência ocorrem durante lutas entre presos pelo controlo das prisões. Em 2011, pelo menos 560 presos foram assassinados nas cadeias, superando os 476 assassinatos ocorridos em 2010. Há pouco mais de um ano que o Governo venezuelano criou o Ministério das Prisões, que tem em curso um programa que as autoridades alegam estar centrado na humanização das prisões.

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